CARTILAGEM DE TUBARÃO

DESCRIÇÃO
Produto resultante da liofilização da cartilagem desidratada de várias partes de tubarões. Trata-se de um composto muito rico em proteínas, aminoácidos isolados, gelatina, mucilagens, cálcio, magnésio, zinco, vitaminas variadas e componentes ainda em estudos.
A cartilagem é um complexo protéico formado por proteínas, colágeno, mucopolissacarídeos, sulfato de condroitina, glicosaminoglicanos, além de substâncias não orgânicas como o fosfato de cálcio, produzidas por células conhecidas como condrócitos.

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA FRAÇÃO LIPÍDICA APOLAR DA CARTILAGEM DE TUBARÃO
COMPOSTO PARTES POR MIL
Colesterol 0,720
Ácido palmítico 0,071
Ácido oléico 0,067
Ácido esteárico 0,029
Ácido icosanorinóico 0,022
Oleato de metila 0,018
Colestan-4,6-dien-3-ol 0,017
Colestan-3,5-dieno 0,016
Ácido palmito-oléico 0,016
Palmitato de metila 0,008
Colest-4-eno-3-ona 0,005

A Cartilagem de tubarão é considerada um dos mais famosos suplementos e recursos terapêuticos naturais dos últimos tempos, graças aos estudos desenvolvidos principalmente em Cuba, onde resultados interessantes têm sido obtidos no tratamento do câncer.
A Cartilagem é um tecido denso que precede a formação dos ossos da maioria dos mamíferos, e os tubarões possuem um esqueleto totalmente cartilaginoso. No tecido cartilaginoso não há sangue ou vasos sangüíneos e os nutrientes são difundidos por embebição da matriz de gel que une os anéis da cartilagem. No processo evolutivo, o tecido cartilaginoso deu origem ao esqueleto ósseo, onde o suprimento dos nutrientes é feito através do sangue e dos vasos. Como os tubarões são animais que nunca dormem e têm que se movimentar quase que constantemente, formulou-se a teoria de que o tecido cartilaginoso depende dos movimentos corpóreos para se manter nutrido.
Os tubarões são animais muito resistentes às doenças, o que sempre instigou os cientistas. Muitas pesquisas foram levadas a cabo em diversas partes do mundo, muitas delas inspiradas na prática empírica de alguns povos de utilizar a cartilagem do tubarão para o tratamento de variados males, principalmente em processos inflamatórios. Em regiões das Filipinas, partes cartilaginosas dos tubarões são desidratadas ao sol e transformadas num pó fino que é guardado para ser aplicado em cortes de pele; é tradicional e famoso o poder cicatrizante desse pó, com elevada capacidade hemostática (anti-hemorrágica).
O Dr. Carl Luer, do Mote Marine Laboratory, na Flórida (EUA), realizou uma pesquisa de 15 anos em que submeteu um grupo de tubarões e vários compostos cancerígenos, entre eles a aflatoxina B1, e nenhum animal contraiu câncer.

PROPRIEDADES
A Cartilagem de tubarão contém macromoléculas que possuem a propriedades de inibir a angiogênese que é o processo biológico que responde pela formação de novos vasos sangüíneos. Normalmente a angiogênese é um processo geneticamente controlado pelo organismo. Há, no entanto, casos em que o organismo perde a capacidade de controlar geneticamente e angiogênese. Em tais casos ocorre uma neovascularização descontrolada. Isso acontece em enfermidade como artrose, artrite reumatóide, osteoporose, glaucoma neovascular, retinopatia diabética, psoríase e várias formas de tumores sólidos de natureza benigna ou maligna, além de outras enfermidades como hemagioma, tracoma, e placas de aterosclerose. Muitas das causas


podem explicar uma vascularização anormal e descontrolada, figurando dentre as mais importantes: fatores hereditários, radiação, substâncias cancerígenas e viroses.
As seguintes propriedades podem ser atribuídas a cartilagem de tubarão:
- Ação analgésica e antiinflamatória da solução aquosa da cartilagem [Juvenia B. Fontenele, Gluca S.B. Viana, José Xavier Filho and José W. Alencar, Brazilian Journal of Medical and Biologial Research. 29 (5), 643-646, 1996]
- Ação inibidora da aterogênese promovida pelo sulfato de condroitina presente na cartilagem [Matsushiima Toshio, Yasushide Nakashima, Masashiro Sugano, Hiromi Tasaki, Akio Kurolwa and Osamo Koide. Supression of artherogenesis in hypercholesterolemis rabbits by chondroitin 6-sulfate. Artery 14(6), 316 – 337, 1987]
- Ação inibidora no desenvolvimento de tumores sólidos malignos [Anne Lee and Robert Langer. Sharks contain inhibitors of tumor angiogenesis, Science, 221, 1185-1187, 1993]
- Ação benéfica em casos graves de artrite, artrose e osteoporose [V Rejholee, Long-term Studies of antiosteoarthritic drugs: na assessment. Seminars in arthritis and rheumatism 17, 35-63, 1987]
- Ação benéfica na cicatrização de feridas [J.C. Houch and k. Vickers. The inhibition of inflamation end aceleration of tissue repair by cartilage powder.. Surgerv vol. 51, may, 1962]

DOSAGEM RECOMENDADA
- Tratamento de tumor maligno: a dose recomendada é de 250 mg a 1000mg/Kg/dia de acordo com a doença e o estado geral do paciente. Pode ser tomado em cápsulas ou dissolvido na água ou suco de fruta, divididos em 3 ou 4 doses ao dia.
A dose inicial deve ser mantida por 20 semanas antes do 1º reajuste da dose. Resultados preliminares indicam que 8 a 10 semanas após o início do tratamento, já se pode detectar alguma redução das dimensões do tumor.
- Osteoporose: 5 g ao dia, podendo ser aumentada de acordo com a evolução da taxa de cálcio.
- Antiinflamatório: 3 g ao dia, durante 5 dias.
- Artrite reumatóide: dose inicial 3 g ao dia, podendo chegar a 15 g ao dia.
- Restaurador muscular: inicial 3 g ao dia, podendo chegar a 10 g ao dia, por 5 dias. Usar após o exercício físico.
- Cansaço mental e sexual: 3 g ao dia podendo chegar a 10 g.